terça-feira, 1 de julho de 2014
Confira dicas para evitar surpresas com a manutenção do câmbio automático
Postado por Pronúncia | terça-feira, 1 de julho de 2014 | Categoria:
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A cada ano, mais pessoas deixam os preconceitos de lado e apostam no conforto de um veículo com câmbio automático. Porém, um tema ainda assusta muitos donos e afasta a maioria dos interessados: a conta da oficina. Será possível evitar que o sonho de não trocar marchas em engarrafamentos torne-se um pesadelo? Para Carlos Napoletano, instrutor técnico da Brasil Automático - especialista em treinamentos para mecânicos sobre o assunto - basta que o proprietário siga algumas recomendações para evitar um prejuízo grande na oficina.
Confira as dicas
1. Entenda: os gastos serão diferenciados
Quem compra um veículo automático precisa considerar que os
seus custos de manutenção são diferenciados. Um carro com câmbio manual
geralmente terá reparos mais simples e baratos, mas com uma maior frequência,
principalmente no sistema de embreagem.
O automático dispensa a embreagem e costuma ampliar a vida
útil de componentes do motor, transmissão, suspensões e freios, ao realizar as
trocas de marchas no momento certo e controlar a agressividade do motorista.
Após alguns anos de uso, a soma das despesas de oficina de modelos
convencionais e automáticos costuma ficar muito próxima.
2. Fique longe dos "modelos-micos"
Um primeiro cuidado para evitar surpresas na oficina, ainda
mais no Brasil, onde as transmissões automáticas começaram a avançar apenas nos
últimos anos, é preferir os modelos mais vendidos e que contam com peças a
preços competitivos, sejam nacionais ou importados.
Veículos com poucas unidades vendidas e carros antigos
costumam ter problemas na manutenção (principalmente com a falta de componentes
ou ferramental) e a conta pode assustar.
3. Aposte em prevenção
A durabilidade da transmissão automática está diretamente
ligada ao cuidado que o motorista dispensa ao veículo. Após a compra, o ideal é
consultar as tabelas de manutenção no manual do proprietário, com atenção aos
prazos de troca do fluido hidráulico e filtro. Quanto mais perfeita estiver a
lubrificação, menor será o desgaste.
Pela mesma razão, outra recomendação fundamental é corrigir
qualquer vazamento o mais rápido possível. Mas, mesmo para sanar um pequeno
problema, o mecânico precisa ser um especialista, ou poderá danificar o câmbio
nas operações de desmontagem e montagem.
4. Fique atento na escolha da oficina
Como a transmissão automática é complexa e depende de vários
outros sistemas para funcionar corretamente, inclusive eletrônicos, a escolha
de uma oficina capacitada deve ser feita com cuidado.
Primeiro busque indicações. Encontrar pessoas que possuem
veículos parecidos, fizeram reparos no câmbio e aprovaram o serviço é um bom
começo. Ao visitar os locais, é importante avaliar a organização, limpeza e
presença de ferramentais e manuais de serviço. Os bons profissionais também se
orgulham em exibir as suas certificações e diplomas.
Ainda não há uma certificação de qualidade específica para
oficinas que trabalham com automáticos, mas vale a pena cuidar se os técnicos
apresentam diplomas de cursos na área. (E não é vergonha perguntar por eles!)
5. Fique atento a pequenas alterações
Quando um câmbio automático apresenta uma quebra grave e
cara, na maioria das vezes, o problema começou com uma pequena falha que foi
ignorada. Então, um cuidado fundamental para se reduzir a conta da oficina é
levar o veículo para uma revisão ao menor sinal de problema.
Uma quebra grave como o veículo simplesmente não conseguir
andar já deu sinais de sua chegada muito antes: segundo Napoletano, entre os
sintomas estariam vazamentos de fluidos (que teriam secado as engrenagens
resultando em defeito). Para evitar que se chegue a esse ponto, qualquer poça
de líquido avermelhado no chão da garagem deve servir de alerta.
Como alguns defeitos aparecem de vez em quando, a ajuda do
dono é fundamental para que o especialista consiga fazer o diagnóstico correto.
Nesses casos, o melhor é contar em detalhes o que está acontecendo e fazer o
teste junto com o mecânico. Também nunca se deve esconder ou minimizar uma
anormalidade. O prejuízo pode ser grande.
6. Busque a média dos orçamentos
Diante de um problema na transmissão automática do veículo,
o ideal é obter vários orçamentos para o reparo. A análise dos diagnósticos
deve ser feita com calma e levando em consideração a impressão que ficou de
cada oficina. Valores altos ou baixos demais devem ser evitados.
Para ganhar o serviço, muitos reparadores ainda preferem
oferecer a “solução milagrosa”, trocando o mínimo necessário para anular a
falha de imediato. São as piores propostas. Consertos superficiais geralmente
sobrecarregam e quebram outras peças. O problema se torna crônico e cada vez
mais caro. Muitos desistem e acabam vendendo o carro.
7. Exija garantia
Após fazer um reparo na transmissão automática, o
proprietário deve exigir as notas fiscais das peças e serviços, além de um
documento de garantia da oficina. Pode parecer exagero, mas a maioria dos bons
profissionais oferece automaticamente essa tranquilidade aos clientes.
Os problemas mais comuns em carros automáticos
Assim como no caso do câmbio manual, os problemas são sempre
gerados pelo mau uso, segundo Napoletano. A patinação de discos internos, por
exemplo, é causada pelo vício do motorista em sair de subidas com a alavanca na
posição D, em vez de 1. Isso força a transmissão e causa um desgaste prematuro
de componentes internos.
Outros problemas podem ser gerados pelo esquecimento de
fazer a troca de fluidos recomendada pelo manual do proprietário do veículo
(geralmente a cada 40 mil quilômetros).
Fonte: Pense carros
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